"Ser Catequista é entregar-se totalmente a Deus como instrumento de serviço na evangelização."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O PRIMEIRO MISSIONÁRIO


JESUS é o Missionário por excelência e o modelo de como os missionários devem despojar-se de si para anunciar o Reino. A seu Filho, num gesto de amor infinito, Deus Pai confiou a missão de realizar a nova e definitiva aliança com a humanidade. Dessa forma, Jesus assume o sonho e a paixão missionária do Pai. Isso fica explícito na declaração de Jesus na sinagoga, como lemos em Lc 14,18: “O espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos!”. Foi isso que Jesus fez quando, curando as pessoas dos males físicos, psicológicos e sociais, anunciava-lhes o Reino de Deus. É aquilo que hoje chamamos de evangelização e promoção humana, características fundamentais do trabalho de todo missionário.

CARACTERÍSTICAS

Vejamos algumas características da vida de Jesus Cristo que devem orientar o trabalho dos batizados, comprometidos com sua fé e com a comunidade, sobretudo os missionários além fronteiras:

• MEDIAÇÃO: Como Jesus, deve se sentir “enviado como mediador entre Deus e os homens.” (1Tm 2,5).

• INCULTURAÇÃO: Como Jesus deve se encarnar na realidade do ambiente a ser evangelizado: “Assumiu a condição de servo e tornou-se semelhante aos homens.” (cf. Fl 2,5).

• FIDELIDADE: Jesus afirmou: “Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” (Jo 6, 38-39). O missionário não deve pregar suas idéias pessoais, mas o Evangelho, do qual nem ele e nem a Igreja são donos absolutos. O Evangelho deve ser transmitido com fidelidade. (cf. Evangeli Nuntiandi).

• EVANGELIZAÇÃO: “É necessário que eu anuncie o Reino de Deus em outras cidades... Porque para isso fui enviado.” (Mc 1,38). O missionário não pode se instalar, mas estar sempre disponível para anunciar a Boa Nova onde mais precisar.

• NOVIDADE: Ele mesmo é a Boa Nova a ser anunciada. Ele é Deus presente entre nós: “E o verbo de Deus se fez homem e habitou entre nós...” (Jo 1,1-17). “Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus chegou para vocês.” (Lc 11,20).

• EXEMPLO: O estilo de Jesus se caracteriza por uma “vida de pobreza, de serviço total, de perseguição, de aparente fracasso, até a morte.” (AG 5).

• AMOR AO PRÓXIMO: Para Jesus, as pessoas contam muito mais do que as regras e os ritos. É impossível amar a Deus sem amar o próximo. Lavando-lhes os pés, Jesus mostra aos seus discípulos que deverão servir aos outros e não subjugá-los.

SUA MISSÃO

A missão de Jesus assumiu proporções de impacto na vida do povo e, sobretudo, na vida dos poderosos que se sentiram ameaçados por suas palavras. Neste sentido, descobrimos mais algumas características da missão de Jesus.

Entre elas:

• URGÊNCIA: “Por que vocês estão aí o dia inteiro desocupados? Vão vocês também trabalhar na minha vinha.” (Mt 20,7). A missão da Igreja e de cada um de nós continua urgente como nunca.

• CHAMAMENTO: “Chamou os que desejava escolher.” (Mc 3,13). Je-sus não escolhe heróis e nem santos, mas homens comuns, trabalhadores honestos e cheios de boa vontade.

• FORMAÇÃO: Jesus se preocupa para que seus escolhidos façam uma experiência com ele (cf. Mc 3, 14), seguindo-o nas provações (cf. Lc 22,28), dando testemunho: “Vocês deram testemunho de mim, porque vocês estão comigo desde o começo”. ( J o 15, 27).

• CONFIANÇA: Transmite-lhes diversos poderes: pregar, curar os enfermos, expulsar demônios, perdoar pecados, celebrar a Eucaristia, entre outros.

• ENVIO: Depois da ressurreição, enviou seus discípulos: “Ide no mundo inteiro, pregai... Batizai...”. (cf. Mc 16,15) “... Fazei meus discípulos todos os povos.” (Mt 28,19). Jesus repete às nossas Igrejas que devem se preocupar com a Missão Universal.

ENCONTRO COM JESUS

É indispensável, porém, que cada batizado, cada missionário tenha um encontro profundo com Jesus, que chamamos de conversão. Esta experiência de fé gera o ardor missionário e a abertura para a missão universal. É a experiência da mulher samaritana (cf. Jo 4,5-52); de Zaqueu (Lc 19, 1-10); do Apóstolo Paulo (At 9, 3-30) e de tantos outros. Depois dessa experiência, estas pessoas sentiram a necessidade de compartilhar: “O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos e nossas mãos apalparam... Nós o damos a conhecer.” (1 Jo 1,1-3).


Fonte: pe.paulo@missaojovem.com.br


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