"Ser Catequista é entregar-se totalmente a Deus como instrumento de serviço na evangelização."

domingo, 28 de novembro de 2010





Acendemos Senhor, esta luz, 
como aquele que acende a sua lanterna para sair, de noite, 
ao encontro do amigo que já vem. 
Nesta primeira semana do Advento queremos levantar-nos 
para vos esperar preparados, para vos receber com alegria. 
Muitas sombras nos envolvem. 
Muitas lisonjas nos adormecem. 
Queremos estar despertos e vigilantes, 
porque Vós nos trazeis a luz mais clara, a paz mais profunda, 
e a alegria mais verdadeira. 
Vinde, Senhor Jesus! Vinde, Senhor Jesus! 
Jesus, vinde ao nosso encontro. 
Nós queremos preparar a vossa vinda. 
Nós queremos receber-vos. Nós esperamos que nos deis 
A vossa luz, a vossa paz, o vosso amor. Amém.


Lendo algumas coisas na internet sobre o Tempo do Advento, encontrei no site http://www.pime.org.br/catequese/cateqmjdinadv.htm algumas dinâmicas bem interessantes sobre este tempo litúrgico. Espero que possa ser útil.


PREPARANDO O ADVENTO
ADVENTO: UM TEMPO ESPERADO


O advento nos ajuda a pôr os pés na estrada e ir ao encontro daquele que vem. O tempo do Advento é o tempo da “manifestação do Senhor”. São três etapas definidas:
• a preparação, no período denominado, Advento;
• a celebração, centralizada nas cerimônias do nascimento do Senhor;
• tempo de manifestação pública, marcado pela Festa da Epifania.

Vamos entrar no Advento em clima de esperança, trazendo presente que todas as pessoas, pobres, ricos, crianças, jovens, adultos, idosos, estão sempre buscando a felicidade, manifestada em anseios de mais amor, compreensão, ternura, acolhida, mas também casa, comida, saúde... Na esperança, ainda, de que justiça e paz se abracem e que todos os povos esqueçam as guerras, as diferenças, os confrontos e que possam caminhar para uma maior reconciliação.
1.º DINÂMICA
Advento é tempo de acolher a Deus e os irmãos em nossa vida. Para isso, é preciso manter-se vigilante e lutar contra atitudes que desfavorecem o crescimento da alegria, concórdia, partilha, perdão... É preciso manter-se unido na defesa de qualquer irmão ameaçado.
1) Trazer jornais e escolher tudo o que inspira esperança, vida... 
Com figuras, formar um painel com a Palavra NATAL. Recortar bolas para colorir o painel. Nas bolas expressar, em palavras, como sonhamos festejar o Natal. Ex.: vida, justiça, igualdade... Lembrando que a melhor festa é aquela que preparamos. Deus é festa. Deus é esperança. Deus é razão de nossa esperança,...

2.º DINÂMICA
2) Usar frases do tempo do Advento para fazer uma reflexão e construir algumas práticas e propostas.
A) “Levantem-se e ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima”(Lc 21, 28).
• Diante de que precisamos erguer a cabeça?
• De que maneira podemos criar coragem e erguer a cabeça diante de situações onde a vida é ameaçada?

B) “Tomem cuidado para que os corações de vocês não fiquem insensíveis” (Lc 21, 34).
• Quando e como o nosso coração é insensível?
• Qual o remédio para torná-lo sensível?

C) “Cresça o amor entre vocês” (1Ts 3, 12).
• É o amor a atitude fundamental em nossa vida? Por que sim? Por que não?
• Que práticas podemos sugerir para vivenciar o amor preparando-nos para o Natal?

D) “Foi nesse tempo que Deus enviou a sua Palavra a João” (Lc 3, 2).
• Como é que Deus está falando, hoje?
• Com quem Ele pode estar falando?
• Aonde ele está falando? Em que fatos?
• Eu o escuto falando na minha vida? Como?

E) “Esta é a voz daquele que grita no deserto; preparem os caminhos do Senhor” (Lc 3, 4).
• Quais são, hoje, os grandes desertos, onde predomina a surdez, a indiferença, a aco- modação diante do valor da vida e da fé?
• Que sinais poderíamos criar para fazer o deserto florir?

F) “Deus está no meio do povo e vem para renovar o seu amor. Não tenha medo e nem se acovarde, pois, Ele é o libertador” (Sf 3, 16-17).
• É tempo de preparar a festa, porque ele vem. Que tipo de festa Deus quer?
• Como preparar bem esta festa?

G) “Maria partiu às pressas dirigindo-se a uma cidade da Judéia, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel” (Lc 1, 39-40).
• Maria e Isabel se encontram e partilham os mesmos sonhos e a mesma missão.
• Como são nossos encontros entre amigos, familiares? Eles criam um relacionamento fraterno, de respeito, de igualdade, amizade, ajuda, compreensão...? Como?
• Com quem precisamos nos encontrar para uma verdadeira reconciliação? Que propos tas temos?

As respostas podem ser criativas:
• Em forma de Happ, ou música popular.
• Desenhos animados ou em quadrinhos.
• Teatro ou música.
• Dança com gestos.
• Colagem de figuras.
• Trabalho em argila, ou massa.
• Palavras em faixas.
• Uso de fantoches.
• Uso de símbolos desenhados ou reais.
• Mensagens escritas em forma de cartões.

3.º DINÂMICA
3) Maria é uma figura central na caminhada para o Natal.
Diz o anjo: “Não tenha medo, Maria, pois você encontrou graça diante de Deus” (Lc 1, 30).
Maria representa todos os que confiam em Deus e nele prosseguem sem medo. Representa ainda os que percebem os sinais da presença amorosa e fiel de Deus em todos os tempos.

• Fazer o grupo recolher símbolos expressan do os sinais da presença amorosa de Deus. A cada apresentação pode-se repetir um refrão: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor” (Lc 1, 46).
1.º Água – representa a vida do nosso povo que continua lutando por casa, comida...
2.º Plantinha verde – significa a esperança de ver as crianças crescendo com saúde, educação...
3.º Mãe grávida – vida nova a ser gerada, sinal da presença amorosa de Deus.
4.º Velas coloridas – a alegria da espera da festa, porque o Senhor vem.
5.º Flores – o colorido da natureza, presente e gratuidade de Deus.
6.º Pão – pão que sacia a fome da acolhida, partilha e igualdade.
7.º Cesta com frutas e produtos da terra – sig- nificando serviço, trabalho, suor de tantos trabalhadores e trabalhadoras e o sonho da multidão dos “sem terra”. Outros...

4.º DINÂMICA
Maria continua presente nos pequenos fatos contados pelo Evangelho.
Ela é que sai de seu lugarejo e vai às pressas à casa de Isabel.
Tempo do Advento é tempo de ficarmos todos, como Maria e Isabel, atentos ao que Deus nos pede, até nas pequenas coisas do nosso dia-a-dia.
Hoje, na corrida da vida, nem percebemos quem vai ao nosso lado.
Maria, porém, tem pressa para ir ao encontro de sua prima, que precisa de ajuda, companhia, carinho, atenção...

a) Ler o texto do Evangelho de Lc 1, 39-45.
b) Dramatizar ou contar com as próprias palavras o texto.
c) Vestir duas mulheres que representem Isabel – idosa, Maria – jovem.

Isabel espera João Batista, Maria espera Jesus. Isabel gerou o último profeta, Maria, gerou aquele que todos esperavam, o Salvador do mundo, o Filho de Deus.
Pode-se fazer uma entrevista às duas mulheres refletindo sobre a grandeza, a generosidade, o mistério, o maravilhoso, a ternura de Deus para com seu povo, através de João Batista e de seu Filho Jesus.
Deus realiza grandes obras através dos pequenos.

Consultar os textos:
- Lc 3, 1-20; Lc 1, 26-56; Lc 1, 57-80.
5.º DINÂMICA
Maria tem pressa, não para fazer compras, nem para ir a um baile, nem para fofocas com as vizinhas, nem para investir seu dinheiro no banco, ou na bolsa de valores de Jerusalém.
Ela tem pressa para encontrar-se e partilhar sua experiência de ser mãe com outra mãe, Isabel.

PARA REFLETIR
• A nossa pressa é só para comprar, consumir?
• A nossa pressa é para encontrar-se e melhorar as relações entre pais, filhos, amigos, vizinhos, colegas de trabalho... com Deus?
• A nossa pressa é para praticar a solidariedade com as dores, inqui- etações, necessidades humanas?
• A nossa pressa é para encontrar-se, festejar, celebrar, alegrar-se, abra- çar-se, trocar afetos, reconciliar-se...?
• A reflexão pode ser feita, após a apresentação em forma de Teatro.
• Cada participante, ou em grupo, pode desenhar tipos de encontros mais freqüentes e dizer o que mais agrada. Nosso encontro com o aniversari- ante Jesus, como será? Fazer uma partilha.

Em cada encontro podemos sempre ser, através de nossa vida, uma boa notícia: no acolhimento dos irmãos, na busca da reconciliação, na valorização dos pequenos gestos, no testemunho de confiança, na luta por mais vida, no crescimento da fé.
Advento é convite para preparar bem a grande festa do aniversariante: Jesus Cristo. Nesta festa há lugar para os que forem capazes de construir relações igualitárias, onde ninguém ficará à margem, mas todos serão convidados a entrar na ciranda e cantar, dançar, pular, porque a salvação do nosso Deus chega a toda a humanidade e se torna vida na acolhida fraterna entre irmãos e irmãs.
Ir. Marlene Bertoldi

ADVENTO: quatro semanas nas quais somos convidados a esperar Jesus que vem.

1º DOMINGO: Vigiai

2º DOMINGO: Preparai

3º DOMINGO: Alegrai-vos

4º DOMINGO: Glorificai


1º Domingo do Advento - Acende-se a  PRIMEIRA VELA - ROXA
A luz nascente nos conclama a refletir e aprofundar a proximidade do Natal,  onde Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a  humanidade. Lembra ainda o perdão concedido a Adão e Eva. A cor roxa nos recorda  nossa atitude de vigilância diante da abertura e espera do Senhor que virá.


Advento



Tempo de espera,
 conversão e preparação.

sábado, 27 de novembro de 2010


Nossa Senhora das Graças,
derramai sobre o Rio de Janeiro sua benção materna!
Seus filhos confiam e esperam em Vós!
Amém.

Nossa Senhora das Graças



    Em uma tarde de sábado, no dia 27 de novembro de 1830, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Santa Catarina Labouré teve uma visão de Nossa Senhora. A Virgem Santíssima estava de pé sobre um globo, segurando com as duas mãos um outro globo menor, sobre o qual aparecia uma cruzinha de ouro. Dos dedos das suas mãos, que de repente encheram-se de anéis com pedras preciosas, partiam raios luminosos em todas as direções e, num gesto de súplica, Nossa Senhora oferecia o globo ao Senhor.

    Santa Catarina Labouré relatou assim sua visão: "A Virgem Santíssima baixou para mim os olhos e me disse no íntimo de meu coração: 'Este globo que vês representa o mundo inteiro (...) e cada pessoa em particular. Eis o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que as pedem.' Desapareceu, então, o globo que tinha nas mãos e, como se estas não pudessem já com o peso das graças, inclinaram-se para a terra em atitude amorosa. Formou-se em volta da Santíssima Virgem um quadro oval, no qual em letras de ouro se liam estas palavras que cercavam a mesma Senhora: Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Ouvi, então, uma voz que me dizia: 'Faça cunhar uma medalha por este modelo; todas as pessoas que a trouxerem receberão grandes graças, sobretudo se a trouxerem no pescoço; as graças serão abundantes, especialmente para aqueles que a usarem com confiança.' "

    Então o quadro se virou, e no verso apareceu a letra M, monograma de Maria, com uma cruz em cima, tendo um terço na base; por baixo da letra M estavam os corações de Jesus e sua Mãe Santíssima. O primeiro cercado por uma coroa de espinhos, e o segundo atravessado por uma espada. Contornando o quadro havia uma coroa de doze estrelas.

    A mesma visão se repetiu várias vezes, sobre o sacrário do altar-mor; ali aparecia Nossa Senhora, sempre com as mãos cheias de graças, estendidas para a terra, e a invocação já referida a envolvê-la.

    O Arcebispo de Paris, Dom Quelen, autorizou a cunhagem da medalha e instaurou um inquérito oficial sobre a origem e os efeitos da medalha, a que a piedade do povo deu o nome de Medalha Milagrosa, ou Medalha de Nossa Senhora das Graças. A conclusão do inquérito foi a seguinte: "A rápida propagação, o grande número de medalhas cunhadas e distribuídas, os admiráveis benefícios e graças singulares obtidos, parecem sinais do céu que confirmam a realidade das aparições, a verdade das narrativas da vidente e a difusão da Medalha".

    Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é a mesma Nossa Senhora das Graças, por ter Santa Catarina Labouré ouvido, no princípio da visão, as palavras: "Estes raios são o símbolo das Graças que Maria Santíssima alcança para os homens."

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Maria, Mãe confiante.
Vosso Filho é nossa segurança.

Maria, Mãe Imaculada.
Vosso Filho é nossa salvação.

Maria, Mãe terna.
Vosso filho é nossa paz.



Inicio de ano.
Muitas esperanças, muitos desejos.
Um desejo em comum: A PAZ.
Dia após dias, milhares de famílias vão vendo essa PAZ se distanciar de seus lares, de suas vidas.
Hoje, a pouco mais de um mês para o início de um Novo Ano, o que podemos ver no Rio de Janeiro é uma verdadeira guerra, e aquela Paz que tanto almejamos, se desvencilhando em meio a tanques da marinha, muitas armas, muitos tiros e muitas mortes, inclusive de pessoas inocentes.
Para muitas famílias, este ano vai acabar de forma trágica. E somente, com muita fé em Deus, terão forças paras continuarem suas vidas no Novo Ano que se aproxima e continuarem pedindo, desejando a PAZ.
Esta música que postei acima é uma das mais tocadas na virada do ano, e o que posso ver, é que mais do que nunca, a verdadeira PAZ é aquela que brota em nossos corações.  Somente com essa PAZ conseguiremos nos dar as mãos, e, juntos, deixarmos nossas marcas por onde passarmos.
Não desistamos de lutar!
Vamos reconstruir sonhos perdidos ao longo do ano!
Sozinhos nada somos, mas juntos somos mais, muito mais.




TU ESTÁS AQUI 

Jesus a Romero e Marcela Gandara

Ainda que meus olhos não te vejam
Posso Te sentir
Sei que estás aqui
Ainda que as minhas mãos não podem tocar
Teu rosto, Senhor
Sei que estás aqui... ooh!

Meu coração pode sentir Tua presença
Estás aqui, estás aqui
Posso sentir Tua grandeza
Estás aqui, estás aqui

Meu coração pode olhar Tua beleza
Estás aqui, estás aqui
Posso sentir Teu grande amor
Estás aqui, estás aqui.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam."

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Amor-próprio e o Amor de Deus

Eu gostaria de ter alguma profundidade e conhecimento para lhes falar sobre essa busca, sobre essa sede que nos  devora, que nos faz procurar uma casa, um repouso, um lugar de delícias...onde moras, Senhor? Vinde e vede... Até a raposa tem sua toca, mas o Filho do Homem não tem onde repousar sua cabeça. Divina Cabeça, cansada e ferida, coroada de espinhos, fez-se o repouso dos homens.

Mas não é bem assim que acontece. Vamos em busca do repouso e achamos que o encontramos nas delícias do mundo e nas descobertas da razão. Nas consolações dos homens, no prazer que sentimos de estarmos na companhia dos nossos irmãos. Até a Escritura, falando profeticamente da Encarnação, nos diz que a Sabedoria Encarnada encontra suas delícias em estar com os filhos dos homens.

Na verdade, quando Nosso Senhor sente estas delícias, é porque sabe que seu Sangue não será derramado totalmente em vão, que alguns dos seus filhos o receberão e se tornarão Filhos de Deus. Mas, e nós? Vislumbramos o caminho, sabemos que Ele é a nossa Salvação, mas nos inclinamos com tanta precipitação sobre nós mesmos. O amor-próprio é a nossa perdição. Centralizamos nossas vidas em torno de nós mesmos,  e passamos a tomar como critério dos nossos atos o que nos agrada ou o que pode nos gerar algum lucro. Dois amores construíram duas cidades: o amor de si, levado até o desprezo de Deus, a cidade terrena; o amor a Deus, levado até o desprezo de si, a cidade celeste.

Ficamos no átrio. Somos de fora, estrangeiros. Estamos ali, comendo sobra de comida porque não queremos a adoção de filhos, mediante a qual clamamos: Abba, Pai. Somos eternamente filhos revoltosos que abandonamos a casa paterna e buscamos as alegrias do mundo. E temos vergonha de dizer a todos: sou filho, esta casa de ouro me pertence, sou herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo.

Não, não posso ficar mendigando sobras de comida, se o banquete foi preparado para mim. Voltarei à  casa de meu Pai, e lhe direi: Pai, pequei contra os céus e contra Ti.

Eu sei que acontece de nós nos  inclinarmos assim ao perdão de Deus. De nós considerarmos com alguma Esperança, o rude combate que nos aguarda, todos os dias, ao levantarmos. Mas depois vem a realidade: a pior de todas, que é o convívio com as pessoas que nos empurram para o mal, para o pecado. A cidade está lá fora, como um dragão vomitando fogo e enxofre. E nós temos por obrigação ir até dentro da fétida boca do dragão, trabalhar, tomar uma condução. Bom dia, bom dia, viram o Fantástico, viram o Faustão? Venham, todos, o circo começou! E tem o palhaço e tem o leão, e os malabaristas que te deixarão sem respiração...  É nosso mundo, é nossa vida. Um circo, onde nós somos os malabaristas a inventar contorções, onde nós somos os palhaços a divertir a platéia, em busca do aplauso sedutor. Mas quando saímos dele, quando nos voltamos para dentro de nós mesmos, ressoa um eco ensurdecedor.  E nós queremos fugir, mas para onde quer que nos voltemos, ele está lá, a repetir, a gargalhar, a nos dizer: não se preocupem, amanhã tem mais.

O que falta, na nossa história,  o que falta na nossa vida? Como José Maria de Lições de Abismo, ouvindo o personagem sinistro repetir para ele, numa espécie de sonho, toda sua vida, mas falsificada. E ele, desesperado, sem conseguir fazer seu interlocutor compreender que aquilo tudo soava falso, vê, pela boca do vulcão onde se encontravam, a estrela brilhando no céu. E descobre o enigma do mistério, a chave da sua vida. "Já sei o que falta na sua história. É o am..." E quando o sinistro ser o tenta impedir de gritar, ele consegue se desvencilhar e grita por Aldebarã: Amor! Amor! Amor!

"Cai então a estrela do céu, e um fogo enorme, uma clara vermelhidão, iluminou a gruta. Ah! agora eu via nos rostos, nos braços, nas  pernas, que voavam no ar como folhas dançando nas chamas, o que me faltava naquele sepulcro. Via a dor, a dor viva, a dor viva do amor. O vulcão entrara em atividade." (Lições  de Abismo, cap. 12)

Dois amores construíram duas cidades.
Se não for para construir a cidade de Deus, a cidade do amor, sua Igreja Santa e Imaculada, sua Missa, que é a maior dádiva que Ele podia nos dar, então não vale a pena, não nos aproveita de nada. Nem o grande saber metafísico, nem a genialidade técnica, nem os astros do céu, nem a salvação dos  planetas ou das tartarugas, muito menos alguns momentos de prazer fugitivo.

De joelhos, de joelhos, prostrados diante da Majestade divina. Venite, adoremus.
Contemplemos,  a presença de Jesus em nossas vidas. Ela não é fictícia. Pelo Batismo nós nos  tornamos templo da Santíssima Trindade. Não façamos de nossas vidas um terremoto constante que derruba o templo e destrói o Deus que vive em nós.
Silêncio, silêncio, que a criancinha dorme. Não façamos de nossas vidas ruídos e agitações, pois podemos despertar o Menino, e ele fugirá chorando, porque preferimos a companhia dos homens à companhia inefável do Filho de Deus.
Fonte: Dom Lourenço Fleichman OSB 

domingo, 21 de novembro de 2010

Os 30 'quês' de uma pessoa madura na fé

Estamos num mundo completamente pluralista

Estamos num mundo completamente pluralista, por isso precisamos nos tornar verdadeiros especialistas em matéria de fé e conversão. Se não for dessa forma, os cristãos “mais ou menos” não vão resistir; daí a necessidade de um amadurecimento real e concreto na fé.
O Projeto Nacional de Evangelização (2004 – 2007) diz que é preciso ter e levar os outros ao encontro pessoal com Jesus, pois só assim vamos nos tornando maduros na fé, que nada mais é do que sermos crianças nas mãos de Deus. Livres da maturidade somente humana que questiona tudo vamos a caminho de sermos verdadeiros cristãos com coluna vertebral.
Textos-base para um aprofundamento e um exame de consciência a respeito da nossa fé: 1 Cor 3, 1-9; Heb 5, 12-14; Ef 4, 11-15.

A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura com Deus é uma pessoa:
01 – Que escolhe inteiramente por Deus.
02 – Que sabe discernir a Vontade de Deus.
03 – Que faz a Vontade de Deus até o fim.
04 – Que vive o Evangelho sem questionamentos.
05 – Que é livre em Deus.
06 – Que sabe obedecer.
07 – Que sabe reconhecer os sinais do tempo.
08 – Que vive uma individualidade e não um individualismo.
09 – Que é capaz de viver a alteridade.
10 – Que vive uma fé com obras.
A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura com o próximo é uma pessoa:
01 – Que pergunta, sem duvidar do próximo.
02 – Que vive a fé com o próximo.
03 – Que consegue se adaptar com o diferente.
04 – Que se alegra com o crescimento do próximo.
05 – Que reconhece o outro por também ser um filho de Deus.
06 – Que sabe o seu papel na sociedade.
07 – Que contagia o próximo com a santidade.
08 – Que tem como única competição amar mais o próximo.
09 – Que ama com caridade.
10 – Que é original na fé e na opinião.
A pessoa que tem uma fé vivida de forma madura consigo é uma pessoa:
01 – Que tem autonomia na fé.
02 – Que é perseverante, mesmo no sofrimento.
03 – Que se engaja e se compromete.
04 – Que é especialista no que faz.
05 – Que é como para-raios na intercessão.
06 – Que conhece a própria verdade.
07 – Que assume as experiências vividas.
08 – Que sabe receber elogios e também as críticas.
09 – Que sabe falar, mas também escutar.
10 – Que se deixa trabalhar no temperamento pelo Espírito de Deus.
Padre Anderson Marçal
http://blog.cancaonova.com/padreanderson

CNBB lança concurso para letra do hino da CF-2012

 

Foi lançado nesta sexta-feira, 19, o concurso para a letra do hino da Campanha da Fraternidade 2012 (Veja aqui o Edital). O concurso é organizado pela CNBB, através do Setor Música Litúrgica, da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia.
O hino será escolhido em duas etapas. Na primeira, será feita a escolha da letra. As composições deverão ser entregues até dia 1º de fevereiro de 2011.
Na segunda etapa, será feito o concurso para a música. Depois de abertas, as inscrições para a música vão até maio de 2011.
“Solicitamos a colaboração de todos os poetas para a criação de um texto belo e profundo que possa servir de hino para a Campanha da Fraternidade de 2012”, disse o assessor da CNBB para a Música Litúrgica, padre José Carlos Sala.
A Campanha da Fraternidade 2012 tem como tema: “Fraternidade e saúde pública”, e lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Cf. Eclo, 38,8). Terá como objetivo geral: “Promover ampla discussão sobre a realidade da saúde no Brasil e das políticas públicas da área, para contribuir na qualificação, no fortalecimento e na consolidação do SUS, em vista da melhoria da qualidade dos serviços, do acesso e da vida da população”.


Fonte:http://cnbb.org.br/

Campanha para Evangelização começa no domingo

ce2010_cartaz

“Em Cristo somos novas criaturas”. Este é o lema da Campanha para a Evangelização (CE) que começa no próximo domingo, 21, em todas as dioceses do Brasil. Aprovada pela 35ª Assembleia Geral da CNBB em 1997, a Campanha tem como objetivo arrecadar fundos para a sustentação do trabalho de evangelização da Igreja no Brasil.


A CE é realizada durante o advento e termina no dia 12 de dezembro. Nas celebrações deste dia é feita uma coleta em todas as paróquias e comunidades eclesiais.
“A Campanha para a evangelização, além de estar em perfeita harmonia com o espírito do tempo do Advento, também tem a finalidade de angariar fundos que garantam a continuidade da obra evangelizadora em nosso país”, explica o presidente da Comissão da CNBB responsável pela Campanha, dom Raymundo Damasceno Assis.
“Com o resultado da coleta nacional para a evangelização, não só realizamos a manutenção da CNBB nacional e regional e a realização de seus trabalhos, como também financiamos projetos evangelizadores em todo o território nacional”, acrescenta dom Damasceno.
Com o tema “Encarnação e nova criação”, a Campanha deste ano traz como uma das novidades um texto-base que aprofunda o lema “Em Cristo somos nova criatura”. O texto dá, também, orientações para a organização e animação da Campanha nas dioceses e paróquias.
Segundo o texto-base, ao propor este tema e lema, que estão em sintonia com a Campanha da Fraternidade do próximo ano, a Campanha visa “despertar nos fiéis a relação entre fé e vida, através da conscientização sobre a responsabilidade diante da vida no planeta como elemento essencial para a realização do trabalho evangelizador a fim de que, pela palavra, pela ação e pela doação pessoal e material, todos contribuam de maneira mais efetiva para a ação evangelizadora da Igreja”.

Doações pelo serviço 0500

Pela primeira vez, a Campanha para a Evangelização vai receber doações também por telefone. A CNBB contratou um serviço 0500, que receberá doações a partir de domingo, 21, até o dia 12 de dezembro. Os doadores poderão ofertar 5, 10 ou 15 reais discando, discando, respectivamente, os números 0500-2512-005; 0500-2512-010 ou 0500-2512-015.
Outra opção será através de boleto bancário emitido via internet. Na página eletrônica da CNBB foi criado o link http://www.cnbb.org.br/evangelizar/ para este serviço, cujo acesso só poderá ser feito a partir do próximo domingo. Há, ainda, a opção de fazer depósito diretamente no banco, na conta 9-0, da Agência 2220, Operação 003, da Caixa Econômica Federal, em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
A coleta da Campanha para a Evangelização é distribuída da seguinte maneira: 45% ficam na própria diocese; 20% vão para o Regional da CNBB e 35% se destinam à CNBB.

sábado, 20 de novembro de 2010

Festa de Cristo Rei: Dia do Leigo


No domingo 24 de novembro a Igreja do Brasil celebra, juntamente com a festa de
Cristo Rei, o Dia do Leigo. Assim se fecha o ciclo do ano litúrgico e toda a comunidade é chamada a refletir - antes de começado o tempo do Advento e a preparação para o Natal – sobre a identidade e missão desses homens e mulheres – os cristãos leigos - que formam a imensa maioria do Povo de Deus e são a esperança da Igreja.
O documento de conclusões da Conferência de Santo Domingo, de 1992, assinado por todos os bispos da América Latina e do Caribe faz uma afirmação central que demarca o futuro não só dos cristãos leigos, mas também da Igreja à qual os mesmos pertencem.
Afirma claramente no seu n. 97 que: "As urgências do momento presente na América Latina e no Caribe reclamam: que todos os leigos sejam protagonistas da nova evangelização, da promoção humana e da cultura cristã."
Mais adiante, é ainda o mesmo documento de conclusões que proclama ao definir os leigos como linha pastoral prioritária: “... uma linha prioritária de nossa pastoral, fruto desta IV Conferência, há de ser a de uma Igreja na qual os fiéis cristãos leigos sejam protagonistas.” O compromisso que toda a Igreja da América Latina toma no sentido de uma nova evangelização no entender do documento,só poderá ser levado a bom termo com a formação de um laicato bem estruturado com uma formação permanente,maduro e comprometido . A nova evangelização, segundo os bispos reunidos em Santo Domingo, só poderá ser levada efetiva e seriamente a cabo "se os leigos, conscientes de seu batismo, responderem ao chamado de Cristo a que se convertam em protagonistas da nova evangelização".
Parece claro, portanto que a Igreja da América Latina não deseja mais centrar suas forças formadoras e pastorais apenas ou mesmo principalmente sobre o clero e os religiosos, mas, pelo contrário, tenciona investir com entusiasmo e força na formação deste laicato, que constitui a grande maioria de seus membros. E para que isso aconteça está disposta a colocar os meios, assumindo-os como linha pastoral prioritária, confiando-lhes ministérios e serviços dentro do corpo eclesial e promovendo-os constantemente.
Além disso, está disposta a reconhecer as lacunas e falhas que possam ter havido na formação destes mesmos leigos ao longo dos tempos. Fala-se claramente no documento em
"leigos nem sempre adequadamente acompanhados pelos Pastores”,"deficiente formação", etc. Ao mesmo tempo se afirma que "os fiéis leigos comprometidos manifestam uma sentida necessidade de formação e de espiritualidade"; " os pastores procurarão os meios adequados que favoreçam aos leigos uma autêntica experiência de Deus" . Coloca-se como linha pastoral principal "incentivar uma formação integral, gradual e permanente dos leigos".
Todas estas constatações não se originam, no entanto, do oportunismo de uma instituição que se assusta com a queda de nível da formação de seus quadros nem com a possível diminuição quantitativa de seus efetivos. Originam-se, sim, ao invés, de uma constatação de base que não provém da lógica humana, mas é apenas assimilada por revelação do próprio Deus: a de que todo o povo de Deus recebe do Senhor mesmo o chamado à santidade. Afirmada enfaticamente não só pela Sagrada Escritura, como também, mais recentemente, pelo Concílio Vaticano II, especialmente na Constituição
Lumen Gentium, essa constatação permite ver e conceber a Igreja, na sua totalidade, segundo aquilo que é comum a todos os fiéis. A intenção do Concílio é, aí, "mostrar o que é comum a todos os membros do povo de Deus, antes de qualquer distinção de ofício e de estado particular, considerado o plano da dignidade da existência cristã."
Mais ainda. Toda esta eclesiologia nova e total inaugura uma diferente convicção profunda: a de que este chamado maior e primordial a todo um povo é inseparável da possibilidade de assumir e fazer acontecer o desafio eclesial imenso de uma nova evangelização e que nele estão incluídos também os fiéis leigos. Em relação a estes, os pastores se sentem responsáveis, no sentido de ajudá-los a desenvolver sua vida de fé até o desabrochar pleno de uma autêntica santidade cristã.
A formação do laicato, portanto, tem sido uma preocupação constante da Igreja do continente e mesmo do mundo inteiro, no sentido de poder oferecer ao mundo, cristãos leigos adequadamente preparados para responder aos desafios da sociedade e do momento atual.
Neste sentido, são numerosos os Centros de formação que começam a crescer, se  desenvolver e espalhar-se pelo país e pelo continente, colocando à disposição dos leigos possibilidade de retiros espirituais e outras experiências de crescimento na fé e na vida do
Espírito; cursos de teologia onde possam aprender mais profundamente as verdades de sua fé; cursos de formação política, onde possam unir e fecundar mutuamente fé e cidadania, espiritualidade e política, aprendendo e refletindo juntos sobre a maneira transformadora de agir sobre a realidade.
Assim, a Igreja vai poder adquirir sempre mais o rosto plural e rico que desde os primórdios do Cristianismo vem constituindo o sonho de Jesus Cristo. Na festa de Cristo
Rei o leigo é chamado uma vez mais a assumir uma identidade que é a sua: uma identidade crística. E isto vai significar, cada vez mais, recriar hoje e sempre a história de Jesus de Nazaré, de forma inovadora e adequada à personalidade de cada um, à cultura e aos tempos.
 Sendo, portanto, um batizado, o leigo não é nem nunca foi nem será cidadão de segunda categoria na Igreja, consumidor apenas dos bens espirituais e eclesiais. Mas cidadão pleno, participante ativo, depositário de um ministério que o faz atuar com e como
Cristo.
Neste Domingo de Cristo Rei, quando a Igreja do Brasil celebra o Dia do Leigo, todos os batizados são chamados a renovar seu compromisso batismal. Assim estarão proclamando que Jesus Cristo é o Rei do Universo e se dispondo a recriar suas atitudes e seus gestos, amando com um coração semelhante ao seu.
                                                                                                  

Fonte:  Maria Clara Lucchetti Bingemer