"Ser Catequista é entregar-se totalmente a Deus como instrumento de serviço na evangelização."

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O SER, o SABER e o SABER FAZER não são separados; eles se interligam dando à catequese um determinado rosto. Precisam estar ligados à realidade que vivemos, respondendo aos desafios do nosso tempo com energia criativa, audácia e fidelidade. Muitas vezes reclamamos que a nossa Igreja não avança. Mas será que já fizemos acontecer todos os avanços que estão propostos nos seus textos mais oficiais? Refletir é sempre bom; pôr em prática o que se reflete pode ser muito melhor. Como dizia o sábio Albert Einstein: “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é o dicionário”.

MOVIDOS POR UMA SEDE IMENSA DE FELICIDADE

Estou lendo um livro do Padre Luis Mosconi que se chama O evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus-Para ser discípulos e Missionários, hoje.


Todos nós somos movidos por essa busca da felicidade. E este livro nos mostra, através da palavra de Deus, um sentido novo para essa busca. Muitas vezes buscamos nos textos sagrados uma interpretação para nossos conflitos pessoais, uma receita de felicidade, e, quando não encontramos exatamente aquilo que queremos, nos frustramos com a Palavra de Deus. Se olharmos os textos sagrados com os olhos de Deus, com os mesmo sentimentos de Jesus, encontraremos tudo aquilo que buscamos. Partilho com vocês um trecho do livro. Boa leitura! Silvanety



Cresce o número de pessoas que lêem a Bíblia. É um dado positivo e promissor; ao mesmo tempo, levanta questões. Há pessoas que a lêem e interpretam ao pé da letra; outras não a ligam com a realidade de hoje ou ligam de maneira errada; outras se deixam levar pelo fanatismo. O perigo é sério e mito prejudicial.

Como superar isso? A saída é a fidelidade aos textos sagrados, e a fidelidade à vida. Antes de abrir a Bíblia é preciso primeiro saber abrir o livro da vida; é preciso saber escutar, com sinceridade, situações e anseios, dores e alegrias, esperanças e sonhos, que fazem parte da nossa vida. Vale a pena conversar um pouco mais sobre o assunto, pois é por causa disso que vamos à Bíblia.

Todos nós carregamos uma imensa sede de felicidade. Se repararmos bem, tudo o que fazemos é para alcançar felicidade, nem que seja um pedaço; ou para diminuir a infelicidade. O problema não é ser ou não feliz; todos queremos ser felizes. O problema é onde achar a felicidade. A pergunta é: O que é ser feliz? O apóstolo Paulo escreveu uma carta à comunidade de Filipos, dizendo entre outras coisas: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: Alegrai-vos!” (Fl 4,4). Escreveu a carta desde a cadeia, preso por causa do Evangelho. Como ele pôde isso estando preso? Que felicidade é essa? Conforme o Evangelho segundo Mateus, Jesus começou seu trabalho de evangelização, dizendo mais uma vez: “Felizes! Bem-aventurados!”. Chegou até o ponto de dizer: “Felizes os que são perseguidos por causa da justiça” (Mt 5,10). Como se explica?

Conforme o Evangelho segundo João, no discurso de despedida, umas das palavras que Jesus usou foi: alegre/alegria (ver Jo 16,19-24). E Jesus sabia que eram suas últimas horas, pouco antes de ser condenado à morte. Como se explica? Também hoje há inúmeras pessoas que fazem grandes sacrifícios para servir uma causa justa, e o fazem com tanta serenidade interior. Há mães que, para socorrer seus filhos doentes, fazem qualquer tipo de renúncia, com a maior serenidade e júbilo interior; como se explica?


Padre Luis Mosconi


“A formação procurará fazer amadurecer no catequista a capacidade educativa, que implica: a faculdade de ter atenção com as pessoas, a habilidade de interpretar e responder à pergunta educativa, a iniciativa para ativar processos de aprendizagem e a arte de conduzir um grupo humano para a maturidade. Como acontece em toda arte, o mais importante é que o catequista adquira seu próprio estilo de ministrar catequese, adaptando à sua personalidade os princípios gerais da pedagogia catequética.” (DGC 243)