"Ser Catequista é entregar-se totalmente a Deus como instrumento de serviço na evangelização."

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Os quatro atos positivos e negativos da palavra
(Dom Orlando Brandes - arcebispo de Londrina)

O mau uso da palavra gera mal-entendidos, meias-verdades, incompreensões, agressões e guerras

1. A franqueza. É a transparência e a veracidade no falar, pois nossa comunicação não é só de idéias, mas também de sentimentos. A franqueza não significa grosseria, mas sinceridade com caridade. É a catársis, o desabafo, a verbalização do que se passa no íntimo. Fala-se com o coração. As pessoas verazes não sofrem de úlceras gástricas, nem de desconfiança, fechamento, inibição. Elas têm o dom da comunicação verbal e não verbal. A franqueza facilita o diálogo, porque é transparência, não tem segundas intenções, faz jogo limpo. A lealdade e a fidelidade no falar granjeiam simpatia, confiança e bom relacionamento.
2. O elogio. É um ato de justiça, reconhecimento e gratidão. Confirma o bem, eleva as pessoas, promove a verdade, reconhece os valores. O elogio vale ouro. É uma verbalização do amor e da verdade. É um gesto de carinho, um toque de ternura que só pode fazer bem e multiplicar a virtude. O bem deve ser notado, valorizado e publicado. Pelo elogio as pessoas adquirem motivação, inspiração e incentivo para perseverar no bem, na virtude, na verdade. O elogio é uma benção porque é dizer o bem, bendição.
3. A escuta. A palavra se origina no pensamento, no deserto, no silêncio, na escuta. É do interior que brotam as palavras. Quem sabe ouvir, escutar, silenciar, está se comunicando e falando através da comunicação não verbal e está valorizando a palavra de quem se comunica. Ouvir é compreender, é acolher, é integrar-se. Escutar é parte integrante do diálogo.
4. A clareza. Falar claro é falar com sinceridade, com o coração, mas também é ter boa dicção para ser compreendido, é falar com simplicidade, concisamente, sinteticamente. Clareza é transparência, como também, é boa dicção, lógica, expressão verbal audível, que possibilita a interação das pessoas. Falar baixo, ligeiro demais, com prolixidade, com palavras rebuscadas impede a espiral da comunicação que é: escutar, compreender, falar, agir.
Falar na hora certa, do jeito certo, a palavra certa nem sempre é fácil. O mau uso da palavra gera mal-entendidos, meias-verdades, incompreensões, agressões e guerras. Há palavras que ferem como punhal, queimam como fogo, infernizam a vida. Quatro são os atos negativos da palavra, ou seja, o mau uso da língua, os entraves na comunicação.
1. A mentira. Consiste em falar o contrário das nossas convicções, geralmente em nosso proveito, prejudicando o próximo e até usando Deus como testemunha. É a perversão do diálogo, intenção de enganar, a distorção dos fatos, falsificação da verdade. A mentira destrói a confiança, acoberta a corrupção, manipula a fidelidade. Mesmo pequena a mentira tem força satânica. É impossível a convivência onde reina a mentira. Manter mentiras custa caro e no final, tudo desaba. O reino da mentira fecunda a duplicidade, a falsidade, a desconfiança. A mentira hoje é onipresente e tudo corrompe.
2. A discórdia. É a maledicência, a fofoca, a cizânia, o mexerico, verdadeiros pecados da língua como diz a Bíblia. Tudo isso fere a dignidade humana, o direito à honra e à privacidade, o direito à fama e ao bom nome, gerando divisões, separações, inimizades. A discórdia tem o nome de detração quando aumentamos os defeitos dos outros, revelamos o oculto, calamos maliciosamente quando deveríamos falar, culpamos inocentes, interpretamos o bem negativamente. Nas épocas de eleições estas coisas acontecem com requintes de crueldade, baixaria, desumanidade, violência.
3. O insulto. Consiste em humilhar as pessoas diretamente e diante de terceiros. O insulto é humilhação e depreciação, rebaixamento e aviltamento. Tem o nome de contumélia quando os defeitos são ditos na bochecha, jogados no rosto de forma agressiva, depreciativa. O insulto tem sabor de vingança, raiva, ódio, desforra, e pessoas são difamadas e humilhadas em público. A boa fama deve ser restituída. Toda pessoa tem este direito.
4. A tagarelice. É a demagogia, o palavrório, a falação, a retórica. Tagarelice é falar sem fundamento, dizer sem viver, sem testemunhar. As prédicas sem práticas, os discursos sem as obras, as falas sem escuta, a lábia enganosa, a linguagem inautêntica, o blá blá blá sem sentido etc, tudo é tagarelice, mau uso da palavra, inflação de sons. O tagarela fala da boca para fora, não cultua o silêncio, a interioridade, a transparência. Entra em contradição, diz o que não vive, quer convencer à força de palavras. “Este povo me louva com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Mt 15,8).

Algum tempo atrás, a Deise de São Paulo, me presenteou com este texto que eu particularmente amei e partilho com vocês. Depois me falem: conhecem ou não conhecem Católicos assim?

Que tipo de Católico você é?

       Católico IBGE: Só se descobre que ele é católico em questionário;
     Católico INSS: Igreja para ele é só para idosos e aposentados;
     Católico SOCIALITE: Sempre (e somente!) está presente em batizados, casamentos, missas de Páscoa e Natal;
     Católico DOENTE: Para ele, ir a Igreja é como ir ao médico: só se vai quando não tem mais jeito;
     Católico AUTÔNOMO: Diz que é católico mas que não precisa ir a Igreja, pois "Deus está em todos os lugares";
     Católico EUCARÍSTICO: Chega nas missas depois das preces e sai depois da Comunhão;
     Católico "FANTÁSTICO": Só se vê aos domingos;
     Católico POLÍTICO: Só aparece de quatro em quatro anos, cheio de boas intenções, geralmente para pedir alguma coisa, faz promessas e depois desaparece;
     Católico CONSCIENTE: Participa ativamente em sua paróquia, conhece verdadeiramente a suas religião, a sua Igreja e a sua Fé, exatamente por isso é capaz de amá-las e vivê-las plenamente.

                                                                                                                
                                                                                                                                                

"Uma prova de que Deus esteja conosco não é o fato de que não venhamos a cair, mas que nos levantemos depois de cada queda." Santa Teresa de Ávila


 joao_pauloII
A Comissão Médica consultada pelo Vaticano aprovou um milagre atribuído a João Paulo II, e assim a causa de beatificação do pontífice polonês, falecido em 2005, avança significativamente, informaram os meios de comunicação italianos ontem, 4.
Os médicos e teólogos consultados pela Congregação para as Causas dos Santos, reunidos no mais estrito sigilo, estimaram que a cura da freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de mal de Parkinson, foi "imediata e inexplicável". A comissão liderada pelo médico particular de Bento XVI, Patrizio Polisca, aprovou o milagre apresentado.
A freira francesa, que era enfermeira, curou-se inexplicavelmente após suas orações e pedidos a João Paulo II poucos meses depois de sua morte, em abril de 2005.
A aprovação dos especialistas deverá ser ratificada por uma comissão de cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos.
A beatificação é o primeiro passo no caminho para a canonização, que exige a prova de intercessão em dois milagres.
No dia 19 de dezembro de 2009, o papa Bento XVI aprovou as "virtudes heróicas" do papa polonês João Paulo II venerado já em vida.
Com elas, iniciou-se a investigação do "milagre" atribuído, que deve ser examinado por várias comissões.
O processo de beatificação de João Paulo II foi iniciado por Bento XVI dois meses após a morte, no dia 2 de abril de 2005, de seu predecessor.