"Ser Catequista é entregar-se totalmente a Deus como instrumento de serviço na evangelização."

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Amiga, olha como elas eram... Foi como essa aqui ... Mas a cada pétala eu depositei uma quantidade enorme de carinho por ti.

Beijossss

ANO LITÚRGICO

Estamos chegando ao final do Ano Litúrgico! Com o Domingo de Cristo Rei, no 34º domingo do Tempo Comum estaremos iniciando a última semana do calendário eclesiástico. Quanto melhor participamos da liturgia mais aprofundamos a nossa vida de fé.
No decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias determinados a obra salvífica de Cristo. A cada semana, no dia chamado domingo (dia do Senhor), ela recorda a Ressurreição do Senhor, que celebra também, uma vez por ano, com a bem-aventurada paixão na solenidade máxima da Páscoa. Durante o ciclo anual desenvolve-se todo mistério de Cristo e, a partir dele, comemora-se as festas da Igreja e demais festas dos santos. Contudo, não devemos ver o ciclo anual da liturgia como um círculo onde os fatos tornam a acontecer a cada ano, se repetem continuamente, mas como uma espiral onde os fatos são únicos e irrepetíveis e que sempre e cada vez mais nos conduzem, a cada momento com mais clareza, para a compreensão do Mistério de Cristo.
Também os judeus tinham as festa durante o ano que, na experiência anual do tempo, celebravam os benefícios de Deus em favor do povo escolhido, sobretudo sua libertação do Egito, a marcha pelo deserto e a Aliança do Sinai. Assim também a consciência cristã foi assumindo as festas principais da nossa fé, as ações salvíficas de Cristo, e distribuindo-as durante um ano. Durante o tempo litúrgico o centro é o Mistério Pascal, que ilumina todos os demais momentos do ano.  Nos vários tempos do ano litúrgico, a Igreja vive os mistérios da fé à luz da Palavra de Deus e participando dos sacramentos que nos santificam.
O Concílio Vaticano II recorda que a santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, a memória sagrada da obra de salvação do seu divino Esposo. Em cada semana, no dia a que chamou domingo, celebra a da Ressurreição do Senhor, como a celebra também uma vez no ano, na Páscoa, a maior das solenidades, unida à memória da sua Paixão. Distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Encarnação e Nascimento à Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor. Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de torná-los como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em contacto com eles, se encham de graça (cf. SC 102).
Além disso, no ano litúrgico se celebram as festas da Bem Aventurada Virgem Maria, dos Mártires e dos Santos: “Na celebração deste ciclo anual dos mistérios de Cristo, a santa Igreja venera com especial amor, porque indissoluvelmente unida à obra de salvação do seu Filho, a Bem Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, em quem vê e exalta o mais excelso fruto da Redenção; em quem contempla, qual imagem puríssima, o que ela, toda ela, com alegria deseja e espera ser.
A Igreja inseriu também no ciclo anual a memória dos Mártires e outros Santos, os quais, tendo pela graça multiforme de Deus atingido a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no céu o louvor perfeito e intercedem por nós. Ao celebrar o “dies natalis”, ou verdadeiro dia do nascimento, (dia da morte) dos Santos, proclama o mistério pascal realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, e propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo, e implora pelos seus méritos as bênçãos de Deus (cfr. SC 103-104).
O Ano Litúrgico contém as datas dos acontecimentos da História da Salvação. Não coincide com o ano civil, que começa no dia primeiro de janeiro e termina no dia 31 de dezembro. Ele começa e termina quatro semanas antes do Natal. Tem como centro a Páscoa, que é marcada conforme o calendário lunar. Compõe-se de dois grandes ciclos: o Natal e a Páscoa, além do Tempo Comum. São como dois pólos em torno dos quais gira todo o Ano Litúrgico.
O Natal tem um tempo de preparação, que é o Advento; e a Páscoa tem também um tempo de preparação, que é a Quaresma. Ao lado do Natal e da Páscoa está um período longo, de 34 semanas, chamado Tempo Comum. O Ano Litúrgico começa com o Primeiro Domingo do Advento e termina com o último sábado do Tempo Comum, que é na véspera do Primeiro Domingo do Advento.
No final de um Ano litúrgico e no início doutro, somos convidados a tomar a mais profunda consciência do papel que a Liturgia tem na vida da Igreja. Ela assinala o seu caminho no tempo, alimentando incessantemente a sua fé, a esperança e o amor. O ano litúrgico é delineado com amplo respiro teológico e espiritual o culto público da Igreja, distinguindo entre o que nele há de imutável e o que, ao contrário, está sujeito a evoluções e modificações.
Confiamos à Bem Aventurada Virgem Maria, em ação de graças e reconhecidos, o Ano litúrgico que se encerra e o próximo já às portas. O seu exemplo nos ajude a viver os dias, as semanas e os anos que passam abertos e dóceis à ação da graça divina, para sermos no final partícipes da eterna Liturgia do Céu, aonde não haverá nem doença, nem dor e nenhuma manifestação de morte, mas a festa permanente da liturgia divina da vida eterna.
Dom Orani João Tempesta