"Ser Catequista é entregar-se totalmente a Deus como instrumento de serviço na evangelização."

terça-feira, 21 de junho de 2011

 “Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” (Lc 2,19)
“A Eucaristia é o sacramento em que, sob as espécies de pão e vinho, Jesus Cristo está verdadeiramente real e substancialmente presente, com Seu Corpo, Seu Sangue, a Sua Alma e a Sua Divindade, para o nosso alimento espiritual. É por isso o mais sublime de todos os sacramentos, aquele de onde emanam e para onde convergem todos os outros, o centro da vida litúrgica, expressão e alimento da vida cristã” (CIC 1324 e 1326).


A Eucaristia - fonte de cura

Eucaristia
O centro da fé católica é a Eucaristia. Reunimo-nos para celebrar a Eucaristia, o foco e o centro da nossa relação com Deus. Ali, o grande mistério da vida, da morte e da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é celebrado de modo sacramental. Como católicos, devemos aceitar profundamente que a Eucaristia é muito mais do que até hoje imaginamos, ou seja, na realidade, uma cerimônia de cura. Com isto em mente, gostaria de compartilhar um pouco os meus pensamentos, a estima e o amor que sinto pela Eucaristia como cerimônia de cura.

O ensinamento tradicional católico da celebração eucarística como banquete do Senhor e também como sacrifício é bastante conhecido. Conforme declara o Concílio Vaticano II "Durante a última ceia, na noite em que foi traído, o nosso Salvador instituiu o sacrifício eucarístico do Seu corpo e sangue. Fez isto, a fim de perpetuar o sacrifício da cruz através dos tempos, até ao Seu segundo advento, confiando assim à Sua bem-amada esposa, a Igreja, a memória da Sua morte e ressurreição: um sacramento de amor, um sinal de unidade, um laço de caridade, um banquete pascal durante o qual Cristo é consumido, a mente se enche de graça e nos é oferecido um penhor da glória futura".

Todavia, nos últimos anos, tem-se renovado o interesse pela Eucaristia como cerimônia de cura. O Padre Ted Dobson escreveu um livro intitulado Say but the word (Mas dizei uma palavra) no qual sublinha com grande beleza o poder curativo da Eucaristia. No início do livro, declara que a cura pela Eucaristia tem feito parte da nossa herança católica.

"Nos primeiros dias do cristianismo, a Eucaristia era tida como sacramento de cura e transformação, um rito que conferia integridade às pessoas que o celebravam. Por exemplo, Santo Agostinho, no maior dos seus livros, A cidade de Deus, bem como na sua última obra, Revisões, testemunha as curas que vira na sua própria igreja, como resultado de as pessoas receberem a Eucaristia". Também Barbara Shlemon, R.N., escreveu um folheto no qual realça o poder curativo da Eucaristia: "Cada vez que participamos na Eucaristia, presenciamos uma cerimônia de cura. Ao aproximarmo-nos do altar, oramos: «Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo»".

Esta é uma oração de confiança no poder de Jesus Cristo de transformar as nossas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Se realmente crermos que Jesus está presente na hóstia consagrada, deveremos ter a esperança de obter a integridade, ao recebermos o Seu corpo. A minha esperança, igualmente, é que possamos desenvolver maior estima e compreensão da Eucaristia, como cerimônia de cura, de uma cura do corpo, da mente e do espírito de todos.

(...) Mary Ann Cortes foi curada pela Eucaristia. Ela passara 17 anos em hospitais psiquiátricos, na região de New Orleans, Louisiana (Estados Unidos) e já fora submetida a todos os tratamentos conhecidos para doentes maníaco-depressivos, exceto eletro-choques. Ela começou a experimentar o poder da cura de Jesus, durante a Eucaristia, e ficou completamente curada ao fim de alguns meses. O Senhor realizara o que nenhum psiquiatra conseguira. O seu testemunho tem tocado profundamente centenas de vidas:

"Tenho vindo a descobrir que a Eucaristia é o maior sacramento de cura, e que cada Eucaristia é uma oração de cura. Depois de muitos tratamentos, os médicos perderam a esperança de que eu alguma vez viesse a recuperar a saúde mental, pelo que eu estava condenada a uma vida dependente dos medicamentos, que me alteravam até a minha maneira de ser. Quando eu adormecia, à noite, rezava para que morresse durante o sono, tal era o medo de acordar para mais um dia de pavor.

Depois de ter recebido a Efusão do Espírito e de ter começado a participar em Eucaristias de cura, fiquei completamente bem, tanto mental, como emocional e fisicamente. Hoje sou uma nova pessoa em Cristo. Em cada Eucaristia, uno tudo o que sou ao sacrifício de Cristo; nessa união com Ele, recebo em todo o meu ser a vida ressuscitada de Jesus, e isso vai-me transformando cada vez mais. Eu identifico-me com Ele e recebo a Sua Vida. Quanto mais ativamente participo na Eucaristia, tanto mais real Ele Se torna para mim. O próprio Jesus entra em mim e me cura de dentro para fora!"

Pe. Robert DeGrandis